11 Dezembro 2015      16:25

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SOFIA CATARINO, UMA DESIGNER INVULGAR

Chama-se Sofia Catarino, é natural de Lisboa mas há 3 anos que mora no Alentejo, mais precisamente em Castro Verde. É Designer, fotógrafa e criadora da Invulgar, um atelier onde se transforma “lixo” em Arte. As suas peças, feitas a partir de aproveitamento de botões, tecidos, metais, entre outros, podem ser apreciadas em https://www.facebook.com/Invulgar-470352823038411/

Tribuna Alentejo - A Sofia nasceu em Lisboa, viveu em África do Sul, depois no Seixal... Como veio parar ao Alentejo?

Sofia Catarino - Fiquei desempregada e achei que era uma boa altura para mudar de vida. Já tinha comprado a minha casa neste concelho há perto de 9 anos e resolvi viver a tempo inteiro em vez de vir só aos fins de semana. Vim à procura de uma vida mais calma, menos stressante e com qualidade.

Tribuna Alentejo – De que forma estas viagens influenciam a Invulgar?

Sofia Catarino - Certamente o que vive e onde se reflete nas peças da Invulgar. Tento ter uma mente aberta a tudo o que me rodeia. Nomeadamente o que vejo no "lixo" ou o que a maioria das pessoas acha que é lixo. Recupero praticamente tudo. Mobiliário, peças de carro, de bicicleta, tecidos, etc. A transformação destes acessórios é magia pura.

Tribuna Alentejo – Como foi a adaptação a Castro Verde?

Sofia Catarino - Ainda estou a adaptar-me. É um processo moroso. São dois mundos distintos.

Tribuna Alentejo – Sempre esteve ligada ao Design? Que percurso antecedeu a criação da Invulgar?

Sofia Catarino - Sim, desde que saí do curso de informática em 1991 comecei a trabalhar em produção de moda e design em ateliers na grande Lisboa. Até 2010 estive sempre ligada ao design e à fotografia. Ainda continuo mas num registo mais artístico e livre.

Tribuna Alentejo – Dedica-se a tempo inteiro à Invulgar?

Sofia Catarino - Não completamente. A liberdade de criar não tem hora mas gosto de fazer outras coisas, como fotografar.

Tribuna Alentejo – Por trás desta marca está o conceito de reciclagem e de reaproveitamento de botões ou tecidos... De onde vêm estes materiais aos quais oferece uma “nova vida”?

Sofia Catarino - Os materiais vêm de todo o lado. Depende por onde ando. Ofertas, compras em Portugal e fora.

Tribuna Alentejo – Como é o processo criativo?

Sofia Catarino - Saí simplesmente (risos). Na maioria das vezes só de ver as peças já elaboro um plano de execução. É muito interessante. Vem mesmo de dentro.

Tribuna Alentejo – Até onde a Invulgar já a levou?

Sofia Catarino - Já me levou mais a Sul e mais a Norte (risos).

Tribuna Alentejo – Onde gostaria que a levasse?

Sofia Catarino - A passear pelo mundo todo.

Tribuna Alentejo – Se os nossos leitores quiserem comprar uma peça, como poderão fazer? Vende em lojas, online...

Sofia Catarino - Sim, vendo em lojas, principalmente em Lisboa. Mas pelo facebook podem saber tudo. Cada peça é única e pode estar aqui ou ali.

 

Tribuna Alentejo – De que forma o Alentejo a inspira?

Sofia Catarino - Pela vastidão, pela luz e pelo silêncio.