20 Março 2015      00:00

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Open Coffee Made in Alentejo. Uma revolução!

Dominika Trembecka-Lucas tem 31 anos, é cientista, consultora, comunicadora e jornalista, nascida na Cracóvia, Polónia. Luciano Lucas tem 35 anos (feitos hoje), nasceu em Santiago do Cacém, trabalha na área das ciências da saúde e é um comunicador nato. Vivem em Vila Nova de Santo André (Sines) e são os responsáveis pelo Open Coffee Alentejo (OCA).

Tribuna Alentejo: Luciano, começamos por felicitá-lo pelo seu aniversário. Querem explicar o que é o movimento Open Coffee, que estão a dinamizar no Alentejo?

Luciano Lucas: Muito obrigado.

O movimento Open Coffee é um fenómeno à escala global. A primeira reunião deste tipo teve lugar em Londres em 2007, organizado por Saul Klein, um dos principais investidores na Skype. Centenas de eventos do tipo acontecem todas as semanas um pouco por todo o mundo. No início de cada reunião cada participante tem 2 minutos para explicar quem é, qual o seu negócio ou ideia e o que pode oferecer ao grupo. Depois desta breve apresentação, cada um é livre para falar com quem quiser sobre o seu assunto de interesse.

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Tribuna Alentejo: Mas porquê no Alentejo?

Luciano Lucas: Ao trazermos este conceito para o Alentejo estamos a ajudar a focar a massa empreendedora da região e damos mais visibilidade aos “nossos” empresários e produtos tanto a nível internacional como a nível nacional. Esta nova iniciativa tem como objectivo principal estimular o empreendedorismo de modo a tornar o Alentejo uma região mais atractiva para indivíduos.

Tribuna Alentejo: Há quanto tempo estão a dinamizar estes encontros e como avaliam o processo?

Luciano Lucas: O primeiro evento Open Coffee Alentejo (OCA) aconteceu a 20 de Fevereiro nas instalações do Sines Tecnopólo. O evento juntou empreendedores, investidores, pessoas com ideias para novos projectos e especialistas em genética, engenharia informática e biofísica.

Estiveram representadas no encontro 10 empresas (ou projectos de empresa) de várias áreas: genética, comida orgânica local, sabão natural artesanal, biofísica, engenharia informática e aplicações de software, turismo sustentável, marketing, design gráfico, mobília artesanal e fotografia.

O segundo decorreu em Vila Nova de Santo André, onde mais que duplicámos o número de participantes. A discussão desenvolveu-se muito à volta do Alentejo 2020 e das oportunidades que este quadro comunitário de apoio traz aos empreendedores e às empresas.

O terceiro decorreu ontem, no Centro Interpretativo de Miróbriga, em Santiago do Cacém. Partilharam-se muitas experiências e ideias, trocaram-se muitos contactos, novas portas se abriram e iniciaram-se novas parcerias.

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Tribuna Alentejo: Está explicado porque se consideram como movimento. Como se propagará pelo Alentejo?

Luciano Lucas: O OCA é de participação gratuita, acontecerá a cada duas semanas, com a maior informalidade e abertura, favorecendo a troca de contactos e “know-how” de alto impacto para pequenas e medias empresas.

E é itinerante. Já fizemos contactos com Grândola, Odemira, Sines, Santiago do Cacém e Beja. Évora está na lista também. Depois desta conversa penso que em breve podemos ter um Open Coffee Alentejo em Évora (risos).

Depois temos gente brilhante a juntar-se a nós. Já não podemos dizer que estamos sozinhos como promotores e dinamizadores. Falo da Vera Dantas (design, marketing e fotografia), do Alexandre Raposo (cientista), do Joni Matos (extreme sports move maker), do Jorge Colaço (estratega em Marketing), do Bruno Canotilho (empresário), do Carlos Campos (comerciante), a Leonor Capote e Marco (também comerciantes), o Henrique Guerreiro (especialista em software) e a Paula Garcia Mendes (empresária).

Estamos bastante interessados em parcerias (desde parcerias entre instituições e ideias-conceitos) até apoios financeiros explícitos para melhorar as reuniões do OCA.

O OCA é um evento sem fins lucrativos. No entanto, dada a natureza das reuniões, ficamos muito contentes se por causa de um OCA se façam negócios e se crie riqueza.

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Tribuna Alentejo: Como podem as pessoas juntar-se ao OCA?

Luciano Lucas: Basta que se identifiquem com os nossos propósitos. Somos abertos, dinâmicos, empenhados, que vivemos e trabalhamos no Alentejo. Entre nós estão escritores, designers, investidores, empresários, engenheiros, biólogos, estudantes, enfim, gente que está apostada em fazer despertar a cultura startup no Alentejo. Não somos proprietários da OCA, trata-se de um projecto comunitário e para ter sucesso precisa da contribuição de todos. São todos bem-vindos.

Aquilo que o Alentejo mas precisa é de gente com ideias, experiência, trabalho de equipa e motivação para fazer acontecer uma mudança positiva. Podemos e fazemos.

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