2 Maio 2015      11:49

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MUDANÇAS

O atraso na crónica desta semana deve-se a algumas mudanças a nível pessoal que me fizeram estar um pouco afastada das lides internáuticas e das notícias sobre o País.

De regresso à rotina do quotidiano, aproveitei para passar em resumo as notícias dos últimos dias e, estranhamente, muito pouco ou nada mudou.

PSD e CDS anunciaram um acordo (até ver irrevogável) de coligação para as eleições legislativas e presidenciais.

Novamente o Governo anuncia a sua intenção de proceder a cortes de pensões que, por mais do que uma vez já foram declarados inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional.

Foi anunciado o corte na TSU das empresas, mantendo-se em segredo as consequências que poderão advir para os trabalhadores, nomeadamente em sede de aumento de impostos.

Continuam a ser realizados julgamentos em contentores a servir de salas de Tribunal.

O desemprego jovem continua a aumentar com o Governo a insistir em programas precário que, por muitos nomes sonantes que lhes sejam atribuídos, não vão trazer de volta os jovens já emigrados.

Os hospitais continuam assoberbados com o elevado número de doentes e o escasso número de médicos e enfermeiros.

Os professores continuam a sua luta inglória por uma permanência efectiva nos quadros das escolas onde já criaram algumas raízes e demonstraram bons resultados.

Todos os dias estudantes do Ensino Superior continuam a desistir dos seus cursos por não terem possibilidades de pagar os custos com as propinas e o alojamento.

É certo que há situações que não se alteram de uma semana para a outra, no entanto, da parte do Governo não se ouviu uma única proposta de solução para o estado a que se encontra o País.

O argumento da herança deixada já deixou de resultar.

Erros foram cometidos no passado é certo, mas esta coligação muito pouco tem feito para os corrigir chegando, em certos casos a piorá-los (olhe-se para o aumento da dívida em 18%).

A única alegria do Governo é ter os “cofres cheios”. E os bolsos dos portugueses como ficam?

Vazios…sem possibilidade de dar um único incentivo ao consumo, contribuindo assim para um crescimento mais sustentável da economia nacional.

De facto, muitas mudanças poderiam vir com o anuncio da manutenção da coligação mas, analisando as restantes notícias da semana, concluímos que este anúncio mais não foi que uma reacção à medidas propostas pelo PS a nível económico.

Para um Primeiro-Ministro que diz não se preocupar com eleições, parece-me um tanto ou quanto atarantado com as propostas que agora surgiram limitando-se a fazer o que outrora fez.

Há cerca de quatro anos chumbou uma proposta com uma única frase e sem qualquer proposta. Hoje anuncia uma coligação sem qualquer proposta ou garantias de um esforço para a melhoria do Estado do País.

Resumindo, anuncia-se o mesmo para que se mantenha tudo na mesma.