27 Junho 2015      18:47

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GIN JÁ TEM DIA NACIONAL E É HOJE

A água tónica, foi no séc. XVIII que Johann Schweppe desenvolveu o fabrico de água mineral com gás de onde surgiram a “ginger ale”, o “bitter lemon” e a água tónica. O que torna uma água tónica tão especial é o quinino, uma droga conhecida por curar a malária. É também conhecida por facilitar a digestão. Atualmente, o quinino é o sintético mais utilizado nas tónicas não premium.

É a companheira inseparável do Gin, que hoje, 27 de junho, celebra o seu Dia Nacional.

 O Gin é resulta da redestilação de bagos de zimbro, seguida de aromatização com vários tipos de ervas e plantas. O nome deriva das palavras francesa “geniève” e da holandesa “genever”, que significa zimbro.

Já no antigo Egipto, ferviam zimbro com incenso e gordura de ganso como mezinha para as dores de cabeça e Aristóteles disse que a bebida tinha propriedades que ajudavam à manutenção da vida com saúde. Os primeiros registos da sua produção datam do séc. XVII, tendo sido criado como um medicamento, perto de Amesterdão, na Holanda. Ainda assim, foram os ingleses, que após terem melhorado a bebida, que o tornaram numa das bebidas mais famosas do mundo; mas foram os espanhóis, nos últimos anos, que a revolucionaram no modo de ser servida, tornando-o uma bebida “sexy” que está, definitivamente na moda!

 

Em 2013, não havia Gin português, agora, só no Alentejo há pelo menos dois de distinta qualidade: o “Templus”, com origem em Évora, e o “Sharish”, com origem Reguengos de Monsaraz (Évora).

O Templus, em homenagem ao monumento romano símbolo da cidade de Évora, é o primeiro gin biológico português e já pode ser encontrado em vários bares e hotéis da cidade alentejana, bem como em lojas gourmet espalhadas pelo país. Produzido pela 3Bicos, o Templus quer conquistar o mundo, mas sem ambições de massificação.

É, aliás, no seu carácter exclusivo e específico que este gin biológico, o sexto a surgir em todo o mundo, assenta a sua aposta de mercado. Citado pela agência Lusa, João Monteiro, relações públicas da 3Bicos, salienta que o biológico “é saudável e está na moda” e que é essa filosofia que “diferencia este gin de todos os outros”.

Para produzir o Templus, procede-se à fermentação do cereal em barricas e depois fazem-se três destilações – na última juntam-se no alambique a base da bebida, o zimbro, bem como “ervas aromáticas, como poejo e hortelã da ribeira, tudo produtos biologicamente certificados”.

 

Em Reguendos de Monsaraz (Évora), e baixo o lema “lentamente destilado no Alentejo”, surgiu o Sharish, quiçá o gin nacional de maior sucesso.

O Sharish Gin vai buscar o seu nome à vila de Monsaraz (sharish significa xara, jara, ou esteva). “Mont Sharish significaria monte erguido num brenhal de estevas, originando posteriormente Monsaraz”, explica António Cuco – gin maker.

O Sharish Gin parte de uma receita local de ingredientes tradicionalmente portugueses, como o zimbro e as sementes de coentros, incluindo a laranja, limão e a lúcia-lima fresca. A assinatura e carisma do Gin é obtido através da presença singular da maçã bravo de Esmolfe, um produto DOP (ou Denonimação de Origem Protegida) desde 1994. António Cuco, desenvolveu entretanto novas versões comemorativas do Sharish, e começou a comercializar, à poucas semanas, vodka de sabores “made in Alentejo”.

 

 

 

 

 

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