8 Dezembro 2015      20:39

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FORTALECER OS DIREITOS HUMANOS, O DESAFIO DO SÉCULO

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade". Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos coloca a dignidade da pessoa humana no âmago da questão e consolida a afirmação de uma ética mundial, tendo como principal objetivo proteger os direitos de crianças, mulheres e homens de todo o mundo, independentemente de raça, cor, credo ou religião. Os 30 artigos que a compõem versam sobre o direito à vida, à alimentação, à saúde, à educação, à liberdade e à segurança pessoal, bem como o direito de liberdade de expressão e pensamento.

No dia 10 de dezembro celebra-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Uma data propicia para reivindicar ações concretas de todos os Estados para o cumprimento dos compromissos assumidos com a garantia dos direitos civis, políticos, sociais e ambientais. O momento oportuno para efetuar o balanço do que os governos já concretizaram em benefício dos seus povos. O momento oportuno para que, por meio do ensino e da educação, os países aprofundem o compromisso social de promover o respeito de todos os direitos fundamentais.

Num mundo cada vez mais desigual, em que o ano de 2015 será recordado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos, ou seja 1% da população mundial concentra tanto dinheiro líquido e investido quanto 99% da restante população mundial.

Num mundo cada vez mais violento onde a intensidade de conflitos armados aumentou dramaticamente, aumentando também o número de pessoas mortas.

Num mundo em que o total de mortes decorrentes do terrorismo em 2014 aumentou em 9%, para cerca de 20.000.

Num mundo em que a escalada das guerras civis e a consequente crise de refugiados estiveram entre os principais fatores do aumento do custo de contenção da violência global.

Num mundo em que quase 1% da população é, agora, de refugiados ou de pessoas deslocadas internamente, o nível mais alto desde 1945.

Num mundo em que ainda há milhões de pessoas com fome.

Num mundo em que os dados de violência contra mulheres continuam alarmantes e pedem por uma reeducação da sociedade.

Num mundo em que a cada ano, milhões de mulheres, homens e crianças são traficadas por dinheiro. São exploradas sexualmente, forçadas a trabalhar em condições perigosas, ou são vítimas de outras formas de abuso, como casamento forçado ou remoção de órgãos.

Perante um mundo tão desumano só nos resta uma alternativa aprofundar e fortalecer os Direitos Humanos.