As autoridades gregas avisaram com uma semana de antecedência que não iriam ter dinheiro para pagar aos credores 1600 mil milhões de euros. Com idas e vindas a Grécia referenda hoje se aceita ou não a proposta dos credores para poder continuar a ter acesso a financiamento. Veremos.
São cinco anos de profundos problemas económicos e de austeridade que esgotaram a sua classe média.
"Esta é uma guerra invisível", disse Stalo Mestana recentemente ao jornal The Washington Post. "É como uma guerra emocional, económica". Acrescentou.
Entre lojas vazias e bancos encerrados, os gregos sentem esta "guerra económica". E é uma guerra documentada pelos graffiti pintados em edifícios por todo o país.
"Os graffiti em Atenas costumavam ser sobrteudo sobre futebol, política ou paixões adolescentes", escreveu recentemente a Associated Press, "humorísticas o suficiente para causarem riso, raras o suficiente para serem desaprovadas". Mas tal com o país, começaram por aprofundar as dificuldades financeiras, mudando o seu foco. Hoje são sobretudo murais e pichagens que projetam raiva, frustração e consciência política".
"Tanto a classe média como a classe trabalhadora na Grécia foram arruinadas" . Defendeu Mapet, um dentista grego que se transformou num artista de rua. "O meu objetivo é fazer contrapropaganda social e política, que leve as pessoas a pensarem".
"Se quiserem saber mais sobre a cidade, basta olhar para as suas paredes", acrescentou iNO, um artista de rua grego. "Dê um passeio pelo centro de Atenas e vai encontrar o que lhe digo.
Artigo original daqui.
Nick Kirkpatrick é um editor de fotografia digital no The Washington Post.Siga-o no Instagram ou no Twitter .