25 Setembro 2015      13:23

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CAPOTE'S EMOTION É MADE IN ALENTEJO

São mulheres, dinâmicas e criativas que estão por detrás da Capote’s Emotion, uma marca que reinventou o conceito tradicional de capote alentejano como peça de vestuário feminino e que se tem afirmado em grande parte devido ao seu design atrativo: Chamam-se Delfina Marques e Florbela Nunes e são duas empreendedoras do Alentejo. Visite a página em https://www.facebook.com/CapotesEmotion/timeline

 

Tribuna Alentejo – Foi de uma conversa entre amigas que surgiu a ideia de criar um modelo de capote moderno, mais prático e colorido que pudesse ser usado por mulheres. Como foi o processo de passar da teoria à prática?

Delfina Marques – Foi feito sobretudo de muita vontade,  muita perseverança e alguma teimosia própria das mulheres, em especial quando acreditam numa ideia e querem vê-la realizada.

 

Tribuna Alentejo – Foi simples chegar à definição da marca Capote’s Emotion?

Delfina Marques – Foi simples, pois a  marca sugere exactamente a ideia:  aliar tradição e inovação, chamar peças tradicionais ao quotidiano e à actualidade, é o que sentimos e definimos como “ a emoção de inovar”.   

Tribuna Alentejo – A vossa formação ou experiência profissional esteve de alguma forma ligada à moda ou, em algum aspeto, foi uma mais-valia para que pudessem fazer avançar este projeto?

Delfina Marques – Fomos colegas do curso de Sociologia na Universidade de Évora e há bastante tempo pretendíamos iniciar um projecto empresarial com enfoque no Alentejo, donde ambas somos naturais. A partilha de pontos de vista e a tal vontade de “fazer” foi determinante  e uma mais valia para avançar com  a Capote’s Emotion.

 

Tribuna Alentejo – Que tipo de produtos podemos encontrar na loja da Capote’s Emotion? Quais são as peças mais procuradas de uma forma geral?

Delfina Marques – Vamos apresentar este Inverno a nossa 3ª colecção.  A primeira compunha-se apenas de capotes femininos,  na segunda introduzimos a samarra feminina e  o capote e samarra masculinos,  a colecção de 2015/16  conta com capote, samarra e capa femininos,  capote e samarra masculinos e capote e capa de criança.  No que respeita à colecção deste ano estamos muito expectantes relativamente à capa tradicional e às peças de criança, mas seguramente o  capote feminino  é a estrela da marca.

Tribuna Alentejo – Para além de peças para mulheres e para crianças, a Capote’s Emotion também cria peças de vestuário para homens?

Delfina Marques – Criamos capote e samarra de homem.

 

Tribuna Alentejo – E outros locais em que possamos comprar, para além da loja em Évora?

Delfina Marques – Temos pontos de venda nos seguintes locais: Elvas – Spirit Gourmet El Cristo- Avª da Piedade; Ourique – Anis e Canela- Praça da Vila de Garvão,5; Beja – Rosa Fuscia- Rua de Mértola, 40 e em Parede – Portugal e Copimática- Avª dos Maristas, 44 A.

Tribuna Alentejo – Quais são os principais desafios que já encontraram ao longo deste processo de dar a conhecer a um público mais vasto, no fundo de expandir a Capote’s Emotion?

Delfina Marques – São as dificuldades próprias das pequenas empresas em início de actividade, dar a conhecer e implantar a marca,  capacidade de resiliência  e   manutenção diária do espirito empreendedor e inovador.

 

Tribuna Alentejo – Há algum conselho que gostasse de dar a outras mulheres que, tal como a Delfina e a Florbela, têm vontade de avançar com um projeto numa região com as características do Alentejo?

Delfina Marques – Sobretudo que não tenham medo de arriscar. Se acreditam numa ideia sustentável não desistam de a tornar realidade. Os obstáculos existem claro, mas com o empenho e a grande capacidade de trabalho próprios das mulheres são ultrapassáveis.

Tribuna Alentejo – Um desejo: Daqui a 10 anos onde estará a Capote’s Emotion?

Delfina Marques – Estará certamente no mundo. É essa a nossa vontade e é para isso que trabalha toda a  nossa equipa. Neste momento, embora ainda em pequena escala, podemos dizer com orgulho que  enviamos as nossas peças para muitos países, sobretudo para a comunidade portuguesa de emigrantes mas também através de turistas que se apaixonam pelo nosso trabalho, o que é muito gratificante.

 

Tribuna Alentejo – E no que depender da Delfina e da Florbela e do vosso compromisso com o projeto? Que caminho precisa a Capote’s Emotion de fazer para lá chegar?

Delfina Marques – Precisará de crescer mas de forma muito sustentada e progressiva. Não perder de vista o nosso compromisso com o respeito pelas peças e pela tradição, apesar do factor inovação ser essencial. Manter a qualidade de produção utilizando exclusivamente materiais nacionais em peças únicas  personalizadas e com uma forte componente  “ hand made”. E obviamente manter acessa a “emoção de inovar”.