21 Setembro 2015      15:47

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“MUDA DE VIDA, SE TU NÃO VIVES SATISFEITO”

“(…) Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar; Muda de vida, não deves viver contrafeito; Muda de vida, se a vida em ti é de outro jeito” diz a música de António Variações, e reeditada há pouco tempo pelos Humanos.

Várias são as verdades contidas nestes versos. Mudar de vida está ao seu alcance.

Como em tantas outras circunstâncias da vida, treinar o cérebro de modo a abandonar maus hábitos tem tudo a ver com a prática e a habituação, pois estas conseguirão modificar os neurónios. Propõe-se a fazer - ou melhor, a deixar de fazer - muita coisa, mas nunca consegue. Não se preocupe, não é caso único. Tenta, volta a tentar, promete que agora é que é, é desta etc. Mas, porque é que não o consegue?

A solução está no seu cérebro! Seja qual for o mau hábito que queira corrigir; se seguir regras e conseguir escutar o seu corpo e treinar o seu cérebro não haverá nada que o impeça de mudar e caminhar rumo a uma nova vida.

Silvia Escribano, psicóloga, coach e autora de «Neurocoaching», diz-nos que regras devemos saber para aprender-mos a ouvir, a sair da “zona de conforto” e a abandonar, de uma vez por todas, os maus hábitos que nos atormentam:

 

Ouça-se a si próprio

Desligue o piloto automático em que vive e não permite que se volte a ligar sozinho. Na opinião da especialista, normalmente “Andamos pela vida sem viver o presente, sem nos apercebermos do que nos rodeia. Vivemos com hábitos de comportamento e poucos momentos para ser conscientes.” Além disso, a psicóloga aponta que o “piloto automático é uma rotina de defesa, pois todo o que seja novo descoloca o cérebro. Devemos sair da zona de conforto.”

 

Decida que quer mudar de vida e ponha mãos à obra

O que é nos leva a iniciar um mau hábito? Na opinião da Dr.ª Silvia Escribano “as pessoas funcionamos porque obtemos benefício de forma consciente ou inconsciente. Continuamos a fazer certas coisas porque o nosso inconsciente é se aproveita, mesmo que nós não sejamos capazes de o notar. Devemos pensar, fazer um levantamento dos hábitos que nos compensam e quais não” e, claro, ter em conta tudo o que se pode ganhar se se conseguirem deixar alguns hábitos.

 

O seu estado motivacional é muito importante

“As suas emoções implicam uma tendência para sentir-se de uma certa maneira e agir de forma determinada. A mudança de hábitos, portanto, inicia-se no seu interior”. Mas como sabemos se estamos realmente prontos para uma mudança? “Tudo depende da motivação e do grau de compromisso. Pergunte-se o que o motiva ou o que quer incorporar à sua nova vida.”

 

Preste atenção ao seu corpo e aos seus sentidos

O nosso sistema nervoso envia-nos constantemente mensagens que devemos escutar e analisar com calma. “Há vezes em esses sinais se materializam em tensões musculares, hábitos de sono, irritabilidade, frustração… A única maneira de escutar o corpo é estabelecer pausas programadas em que se pergunte: “Como estou?”, “Como correu o dia?”, “O que sinto?”

 

Questione-se: O que quer?

Preste atenção de forma aberta ao que diz o seu interior e defina com clareza os seus objetivos sabendo também o que não quer na sua vida. “Quando quero fazer algo, e o faço, é porque tomei a decisão de o fazer. Quando há algo que não faço é porque não fui capaz de tomar a decisão.” Para nos atiramos de cabeça e darmos esse passo, sair da nossa zona de conforto, “devemos procurar espaço no nosso interior, ouvir-nos de verdade.”

 

Preste atenção à forma aberta a tudo o que acontece com a sua aceitação

Não se prenda a determinadas rutinas. Substitua-as por hábitos ineficazes ou nocivos por bons hábitos.

Seja constante na incorporação do novo hábito. O corpo aprende com a constância.

A vontade e determinação são bons companheiros de viagem.

Faça com que a mudança possa ser divertida; celebre cada passo da sua evolução/construção e ofereça-se um prémio.

Assim, os seus neurónios começarão a mudar, “as conexões entre os neurónios modificam-se quando se aprende alguma coisa, quando dedicamos determinados neurónios e conexões especificamente para isso. Não basta aprender, é necessário aplicar o que se aprende e experimentar as emoções dessa experiência, só assim os seus neurónios se aperceberão.” – diz a especialista.

 

Não se coloque prazos: não há um tempo determinado para saber se conseguiu mudar os hábitos

Dependerá do que quer deixar, da sua motivação e até da sua genética. “Nem todas as aprendizagens são iguais. Há uma umas mais complicadas que outras e dependem de talentos ou habilidades naturais, do esforço dedicado, do grau de complexidade, do grau de conhecimento etc.” – garante Silvia Escribano.

 

Este trabalho teve o apoio da agência:

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